Não cabe a mim, pensar desmedida
e detidamente sobre algo já bastante saturado. O evangelismo em nosso país toma
proporções incontroláveis. Apesar do idealismo medieval da imposição da fé pelo
medo, que já foi superado até por católicos antevemos um retorno a idade das trevas,
faltando para isto apenas ver pilhas de livros sendo queimados em público. Se
bem que o termo queimar está com nova estampa, no sentido de proibir, levando
as massas de seguidores a abrir mão do pensar próprio, em prol de seguir
idealismos de pessoas nem sempre bem intencionadas, e até mesmo os que são bem
intencionadas acabam repetindo em vez de pensar algo novo. Prendem em vez de
libertar.
Nossa crença cristã, após fusão
com o paganismo, e uma frustrada tentativa de dissolução de uma reação irreversível,
no renascimento tornou-se sem identidade. Restando ao ocidental a busca
desvairada de uma crença que o satisfaça espiritualmente numa confusão de
conceitos tão contraditórios que os torna cada vez mais ateus do que religiosos
no sentido prático. Evangélicos são materialistas ao extremo, negam a existência
de vida após morte antes do juízo (final?), uma contradição atual já que o próprio
cristo manteve encontro com mortos (Elias).
Se o contra argumento é que ele pode por ser o Cristo, negam que Ele
mesmo afirmou que podemos fazer todas as obras que fez e ainda maiores se tivermos
fé.
O espiritismo é o segmento cristão
que mais se aproxima de espiritualidade no sentido prático. Aproxima-nos da
nossa dimensão, espiritual não exploram seus adeptos sugando seus salários ou
até o que não têm, pelo contrário ajudam e incentivam a prática de ajudar ao próximo.
Pregam a evolução do homem em vez do medo. Buscam aperfeiçoamento pessoal em
vez de escravizar as mentes, pregam a liberdade de pensamento. Isso o torna a doutrina
dos livres pensadores ocidentais, pensadores que não necessitam receber dízimos
em nome de Deus, e que pagam o verdadeiro Dizimo em forma de ajuda ao próximo. Ainda
sofre muita crítica de cristãos conservadores e evangélicos temerosos que o
confundem muitas vezes com religiões africanas, por ignorância, pois são proibidos
de pesquisar o tema, ou não se dão ao trabalho de pensar por si.
A verdade está recôndita em todas
as religiões da terra que ensinam o caminho de volta ao nosso verdadeiro ser. Cabe
ao homem travar luta contra o medo, a preguiça de pensar, a falta de interesse
pela pesquisa de si mesmo. Precisamos de experiências pessoais que nos liguem a
nossa parte imortal, que nos despertem da letargia. Há muitos caminhos a
seguir, nenhum é pior que outro, mas precisamos entender que possuímos inteligência
por alguma razão.
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